Na primeira música do último álbum de originais da banda britânica, “Invaders Must Die”, Liam, Maxim e Keith apresentam-se com a frase “We are the Prodigy” e em seguida inicia-se o caos ao longo de 11 faixas. Em Paredes de Coura, sucedou quase o mesmo a partir dos primeiros samples de “World’s on Fire”. Incendiários como sempre, o grupo de punk electrónico vindo de Inglaterra deu um dos melhores concertos da edição deste ano do festival. Para quem ainda não estava muito familiarizado com o último álbum, seguiu-se “Breathe” do seu álbum mais aclamado, “The Fat of the Land”. Logo de seguida “Omen” levou a multidão à loucura.
Ninguém consegue ficar estático ao som dos Prodigy e nem o declive do anfiteatro natural impediu que cerca de 20.000 corpos se movimentassem constantemente e inspirassem pó, muito pó. “Colours”, “Poison”, “Thunder” e “Warriors Dance” continuaram a fazer suar o público para depois regressar novamente ao ano de 1997 com “Firestarter”. Apesar da confusão em relação ao local onde actuavam, Porto julgavam eles, Liam e Maxim eram incansáveis a incentivar o público. Como se isso fosse realmente necessário…
“Run with the Wolves”, “Voodoo People” e “Invaders Must Die” são debitadas com grande intensidade nas colunas do palco principal de Paredes de Coura, principalmente nos graves, e continuam a levar o público ao delírio. “Diesel Power” funciona como catalisador para a explosão que viria a acontecer em “Smack my Bitch Up”. Maxim pediu a todos os presentes para se baixarem, a fazer lembrar os norte-americanos Slipknot, para no momento certo explodirem e dançarem criando um efeito visual arrepiante. A energia do grupo é inesgotável, e a do público também e por isso mesmo os Prodigy regressam para um encore que incluíu “Take me to the Hospital”, “Their Law” e o já clássico “Out of Space” para terminarem de forma serena com o público a entoar o refrão enquanto a banda agradecia e se retirava calmamente do palco. No final uma certeza, este concerto ficou para a história das dezoito edições do festival de Paredes de Coura!

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Peter HookPeter Hook canalizou Ian Curtis no palco principal de Paredes de Coura ontem à noite. A sua apresentação do álbum “Unknown Pleasures” ao vivo e na íntegra proporcionou a primeira verdadeira enchente deste ano em Coura, com os presentes movidos pela curiosidade de ver Hookie voltar ao passado e interpretar os temas de um álbum que ficará para sempre como um marco na história da música. Aos primeiros acordes do concerto (e do álbum), já se adivinhava que algo de especial estava a acontecer. Com bons músicos a acompanhá-lo e o registo de voz de Hook supreendentemente perto do de Curtis, ficava-se com a sensação de estar a ver o que poderiam ter sido os Joy Division se alguma vez tivessem actuado num palco daquele tamanho. Mas Hook não tem a presença em palco de Ian Curtis, se bem que nunca nos tenha parecido ser essa a intenção dele. E também não tem Bernard Sumner e Stephen Morris. Não fossem os atritos que levaram à paragem indefinida dos New Order e poderíamos ontem ter assistido a uma interpretação de “Unknown Pleasures” ainda mais perto da original. O encore traz dois temas extra, um brinde para o mar de gente no anfiteatro natural de Coura. “Transmission” e “Love Will Tear Us Apart” fecham o alinhamento, levando às lágrimas a jovem a quem Hook dedicou a última música.

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The CultO Rock chegou finalmente a Coura, com os míticos The Cult a fazerem o tempo voltar atrás, quando as guitarras dominavam o espectro sonoro e o “rock & roll lifestyle” ainda queria dizer alguma coisa. Ian Astbury e Billy Duffy debitaram uma descarga sonora ainda não vista nesta edição de Paredes de Coura, com a guitarra deste a atingir os níveis habituais nos concertos dos The Cult. “Lil’ Devil” e “Rain” ouvem-se ainda no início do concerto, ainda aqueciam os motores. Com Astbury em grande forma e Billy Duffy a ensaiar o “moinho de vento” característico de Pete Townsend, os Cult partem para um grande espectáculo, para deleite das 18 mil almas presentes no recinto. “Fire Woman” antecede o encore, que trouxe “She Sells Sanctury”, e a multidão entoou o tema já em jeito de despedida, a desejando regresso rápido dos Cult.

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Cosmo JarvisE arrancou a edição deste ano do Festival Paredes de Coura. Ainda algo escasso de gente, entre aqueles que ainda não chegaram e os que preferiram circular pela vila, o festival iniciou com uma actuação de Cosmo Jarvis, nome desconhecido para a maior parte do público presente, mas que cedo embalou as hostes para um concerto muito enérgico. Com apenas um álbum editado no final do ano passado, o britânico que vem da mesma terra dos Muse começou às 22h (pontualidade!) um espectáculo curto de apenas 6 músicas, que conseguiu mesmo assim envolver o público. À segunda música, a dedicatória a Lost, a série televisiva que ainda hoje deixa muita gente entre o delírio e a confusão. No meio de “Problems of Our Own” e “Blame It On Me” Jarvis vai apresentando a banda. Nesta última, saca de uma guitarra em miniatura (mas não de brincar), com a qual tocaria também a última música do alinhamento, “Gay Pirates”. Jarvis sai de Coura mais conhecido do que quando entrou.

Los Campesinos!Sendo a actuação mais aguardada da noite, Los Campesinos! encheram a tenda After-Hours, roubando os deambulantes mais teimosos às barracas de cerveja. Em palco são oito, mas parecem muitos mais (a fazer lembrar uns Arcade Fire, se não em estilo, pelo menos em número). Os corpos sempre a mexer e as harmonias de voz feminina e masculina já características da banda, os galeses apresentaram assim um alinhamento onde constaram temas de “Romance is Boring” e ” We Are Beautiful, We Are Doomed”. “Death to Los Campesinos!” é o primeiro grande tema a surgir, ainda no início do concerto, a levar ao êxtase a multidão adepta da cena indie que fielmente assistia. “My Year in Lists” aparece já com metade do concerto decorrido e “We Are Beautiful, We Are Doomed” já quase a acabar. O fim aproxima-se e Gareth Campesinos! não quer deixar Coura sem vir até ao público agradecer e surfar a multidão. As saudades já apertam e Portugal espera um regresso breve destes camponeses.

Memory TapesCom apenas uma guitarra e uma bateria (e uns quantos samples), os Memory Tapes, projecto de Dayve Hawk, iniciaram a vertente electrónica desta edição de Paredes de Coura. Não se sabe muito bem como é que Dayve chegou a Portugal, dado o seu medo de andar de avião, mas o facto é que cá esteve e nos deu a conhecer os temas do primeiro LP dos Memory Tapes “Seek Magic”. Sem nunca agarrar bem o público, o duo em cima do palco acabou por proporcionar um bom ambiente sonoro para os campistas, alguns deles já em Coura há vários dias.

Isidro Lx
O primeiro dia fechou com Isidro Lisboa. O radialista da Nova, na faceta DJ, extendeu a noite até às 6h da manhã, alternando temas recentes com a onda 80’s, sem fugir muito da cena rock.

icon Paredes de Coura 2010 – Dia 1: Entrevistas (7.88 MB)

Reportagem: Ricardo Machado e Tiago Cavaleiro

Fotos: Hugo Lima

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