No segundo dia das Noites da Queima, o cartaz revela-se claramente mais intimista. Apostando em dois nomes a solo – com excelentes bandas de suporte – o Queimódromo recebeu Miguel Araújo e Pedro Abrunhosa, nenhum deles estreantes na festa académica do Porto.

Miguel Araújo, um nome já muito conhecido no panorama comercial Português, apresentou-se com uma banda muito completa, com uma forte secção de metais, que pintou o colorido que caracteriza as canções do músico originário da Maia. O público, encantado, juntou-se para acompanhar os (já) clássicos “Fizz Limão”, “Autopsicodiagnóse” e “Os Maridos das Outras”. Em conversa com a Engenharia Rádio, Miguel Araújo explicou que incluiu músicas como “Reader’s Digest” ou “Like a Rolling Stone” para captar ainda mais a participação do público, e que desde os tempos do Palácio que ia à Queima ver os concertos.

Na segunda parte, o “veterano” da soul – se é que é possível reduzir a um só a panóplia de estilos em que se desdobra – Pedro Abrunhosa levou o Queimódromo ao rubro. Refrões inteiros em que não precisava de cantar e gritos de emoção ao ouvir os primeiros acordes de uma música foram as reações produzidas por um público em êxtase. O músico do Porto brindou o recinto com enérgicas “Socorro” , “Talvez Foder”, “Rei do Bairro Alto” e sentidas “Momento” e “Se eu fosse um dia o teu olhar”, ocasião em que prestou homenagem ao estudante que faleceu no Queimódromo em 2013.

(Reportagem áudio brevemente)