Conferência de imprensa de apresentação da 32ª edição do Fantasporto

A 32ª edição do Fantasporto, vai ser realizada no Rivoli, de 20 de Fevereiro a 4 de Março, na cidade do Porto.

Um dos pontos altos será a comemoração do 30º aniversário do Blade Runner, um filme considerado por muitos como o melhor da história do cinema e que é o ícone deste festival. O tema deste ano do Fantas é o Futuro. Um Futuro incerto, provocado pela situação que o mundo e o país em particular atravessam e está a provocar na Cultura, especialmente no Cinema, um  cenário negro sem solução à vista.

Mas este Fantasporto pretende animar a cidade do Porto e para tal, bateram-se recordes. O número de países representados subiu para 33. As longas-metragens a exibir são cerca de 100 e curtas-metragens cerca de 250. Quase a totalidade dos filmes são europeus (87%) e inéditos em Portugal (90%), onde se inclui 5 ante-estreias mundiais: “A moral conjugal”, de Artur Serra Araújo; “In the dark half”, de Alastair Siddons; “Bag of Bones”, de Mick Garris e “A gentle rain falls for Fukushima”, de Atsushi Koratsu.

Outro recorde que se promete bater, pois ainda não há números finais, é o dos convidados, que garantem ser já muito superior ao do ano passado. “Tudo isto é feito com apenas 30% do orçamento que tínhamos há 10 anos atrás”, refere Dorminsky.

Em termos de novidades, criou-se um novo prémio, intitulado Prémio Cinema Português, que se encontra dividido em duas categorias: Inédito e Escolas de Cinema. De realçar a participação das escolas portuenses Escola Soares dos Reis e da Universidade Católica.

Já o prémio Orient Express foi retirado, devido à fraca qualidade dos filmes asiáticos do ano passado e porque a vinda dos filmes e dos seus realizadores a Portugal ficaria demasiado dispendioso.

Em termos de bilhética,  o antigo sistema de se comprar bilhetes na véspera vai ainda funcionar apenas no Pequeno Auditório. Todavia, a organização incentiva a que todos os bilhetes sejam adquiridos online, através do site: http://www.bilheteiraonline.pt. A venda dos bilhetes começa no dia 1 de Fevereiro.

Mário Dorminsky alertou para as dificuldades que o festival passou para se financiar. Criticou a inexistência de jornalistas de Lisboa na conferência de imprensa, o centralismo da capital e a falta de empresas sediadas no norte. Lançou também duras críticas à falta de poder de decisão das empresas de Lisboa, pois na sua grande maioria, as sedes estão no estrangeiro e, em tempos de crise, o orçamento para marketing no território português é zero.  “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”, desabafou.

Reforçou ainda a vontade de continuar a apostar no Porto e incentivou as câmaras e empresários a apostar no Turismo e na Cultura.  Mostrou também muitas dúvidas quanto à realização do Festival Internacional de Cinema do Porto para os anos 2013 e 2014.

Para mais informações, acedam ao site do festival em http://www.fantasporto.com ou no facebook www.facebook.com/fantasporto.

Reportagem: Rodrigo Marcos