O JornalismoPortoNet (JPN) completou na passada sexta-feira (22/03/2024) vinte anos de existência, tendo celebrado a ocasião com a primeira de três conferências relacionadas à essência do jornal. Esta iniciativa foi organizada pelo Diretor do JPN, o Professor Paulo Frias, doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, editoras do JPN e alguns estagiários do mesmo.

O evento tomou lugar no Anfiteatro Nobre da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a casa deste projeto da Licenciatura em Ciências da Comunicação, tendo contado com a presença de mais de quarenta pessoas. Coincidentemente, a data marcava também o 113º aniversário da Universidade do Porto.

Foto: Mariana Ribeiro/Engenharia Rádio

Esta primeira sessão, associada a jornalismo, teve como tema o seguinte: “Jovens jornalistas: das expectativas à realidade”, tendo para o efeito convidado quatro licenciados em Ciências da Comunicação atualmente inseridos no mercado de trabalho da área para partilharem a sua experiência e percurso. Para moderar este evento, contamos com a presença de Francisco Sena Santos, da Antena 1. O JPN trouxe-nos uma variedade de testemunhos, visto os convidados trabalharem todos em empresas distintas: Fernando Costa no “Público”, Sara Gerivaz no “Jornal de Notícias”, João Couraceiro na Antena 1 e Leonor Hemsworth na CNN Portugal.

(da esquerda para a direita) Paulo Frias, Francisco Sena Santos, Leonor Hemsworth, João Couraceiro, Sara Gerivaz e Fernando Costa. Foto: Mariana Ribeiro/Engenharia Rádio

O evento foi inaugurado por Francisco Sena Santos, que se dirigiu à plateia com palavras otimistas: “Sou otimista, é uma postura na minha vida, sou muito otimista em relação ao vosso futuro”. De seguida, o moderador colocou algumas questões aos convidados, passando-lhes a palavra, tendo sido abordados temas como os seguintes: o “imediatismo” da realidade que é trabalhar no mundo das notícias, a humanidade necessária para se fazer um bom jornalista e expectativas do futuro do jornalismo. Foi de seguida aberto um momento de perguntas e respostas em que a plateia aproveitou para esclarecer algumas das suas dúvidas e curiosidades com os convidados.

Momento de perguntas e respostas. Foto: Mariana Ribeiro/Engenharia Rádio

A sessão mostrou-se bastante interessante pela pureza por trás dos testemunhos dados, visto virem de pessoas reais e apaixonadas pela área que fizeram por mostrar a realidade do mercado de trabalho jornalístico, tendo também comentado acerca da sua própria experiência no JPN, tendo esta chegado a ser equiparada a um ambiente familiar – “(…) para mim o JPN sempre foi família”, afirmou Sara Gerivaz.

No final, tive o prazer de conversar com Paulo Frias acerca do evento e colocar-lhe algumas questões acerca das sessões seguintes: “Porto” e “Net”. Quanto ao modo como celebrar o aniversário do JPN, a verdade é que houve bastante trabalho por trás do mesmo e não foi uma decisão instantânea: “Tivemos algumas dúvidas em relação a isso por isso desde talvez setembro do ano passado tentamos reunir várias vezes, discutir o quê que iríamos fazer”, revela Paulo Frias. Quanto a efeitos a longo prazo, o doutorado em Ciências da Comunicação acredita que esta sessão traz uma maior visibilidade para a existência de diversos tipos de eventos, eventos esses que acabam muitas vezes por ter pouca adesão devido à sua diminuta divulgação: “Eu penso que este tipo de eventos serve para que as pessoas fiquem a saber que há projetos e há coisas, muitas delas muito interessantes mas de que nunca se fala e que estes eventos servem precisamente para isso, quase que para as eternizar”.

O Diretor do JPN divulgou que as datas das sessões seguintes ainda são incertas, contudo, a segunda deve tomar lugar mais para o meio deste ano, e a última deve acontecer em novembro devido à existência de um evento sobre o jornalismo online. Estas duas sessões contarão com painéis diferentes desta primeira de modo a trazer uma variedade maior ao ciclo de conferências e não tornar o evento repetitivo.

Mariana Ribeiro