“Já cá não está quem mais sorriu”: Morte de Gastão Reis, baixista dos Zarco

No passado domingo de manhã ocorreu, no número 41 da Rua de Santa Marta, em Lisboa, uma explosão provocada por uma fuga de gás. Esta foi seguida de um incêndio, culminando no desabamento do prédio. No primeiro andar desse mesmo edifício residia Gastão Reis, tendo este ficado desaparecido na sequência do evento.

Após um dia de buscas intensivas, dificultadas pela fragilidade do edifício e necessidade de remoção dos escombros, o músico de 24 anos foi encontrado morto pelo Regimento de Sapadores Bombeiros na madrugada de 21 de dezembro, pelas 2h30. O pai do artista encontra-se hospitalizado, em estado grave.

Gastão Reis, era baixista da banda lisboeta “Zarco”, que reúne na sua discografia o EP “Zarcotráfico” (2017) e o longa-duração “Spazutempo” (2019) verdadeiramente do “Arco da velha”.

Na “Feira das memórias” relembra-se o último concerto que deu juntamente com os Conjunto Cuca Monga, que se estrearam “ao vivo e a cores” no “palco dos sonhos” chamado Altice Arena, onde se realizou o Super Bock Super Rock.fm Em Sintonia, no dia 18 de Dezembro.

O concerto transbordou em cores, boa energia, sendo estes os ingredientes essenciais para uma tertúlia musical memorável.

Os seus companheiros dizem que “A Cuca Monga está a partir de hoje e para sempre incompleta, perdeu uma das suas mais fundamentais peças.”, acrescentando, ainda, que “O Gastão partiu sem aviso, mas aqui ficaram muitos amigos ensinados pela sua enorme capacidade de amar, pela sua imparável determinação e incalculável talento.”

Nesta “Travessia” denominada vida, Gastão será para sempre lembrado como alguém portador de um talento que vai “P’ra lá do rio”.

“Fui p’ra lá do rio
Fui p’ra lá do mar

Chegado ao mar
O mar estava vazio
Já cá não está quem mais sorriu”

P’ra lá do rio, Zarco

 

Maria Alves da Silva

Mariana Varejão de Magalhães

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