Tremor 2019 – Cartaz fechado em São Miguel

Está fechado o cartaz da sexta edição do Tremor, festival que se realiza entre os dias 9 e 13 de abril na ilha de São Miguel. Foi na loja La Bamba Bazar, em Ponta Delgada, na apresentação oficial do festival insular, que se fizeram saber os últimos nomes a integrar o já extenso cartaz. Hailu Mergia, Fumaça Preta YĪN YĪN juntam-se aos primeiros nomes anunciados aqui e a outros como Jacco GardnerBulimundo ou Teto Preto.

 

Os Bulimundo são um dos grandes destaques da 6ª edição do Tremor, chegam-nos do arquipélago de Cabo Verde e, após uma paragem de mais de 10 anos, a banda voltou aos palcos em abril de 2017 para continuar a “defender” e mostrar a música popular Cabo-Verdiana, o funaná. Com o seu auge no início dos anos oitenta contam agora com sete elementos originais na totalidade de dez.

São mais de 40 artistas que passam pela ilha açoriana nos cinco dias de festival e que vão muito além de apenas concertos. Há conversas, residências artísticas, uma perfomance, Instytut B61, num local mistério da ilha e instalações que constroem uma viagem ao encontro de São Miguel – Sístole por Renato Cruz Santos e Duarte Ferreira – e o Mini-Tremor, atividade direcionada para as crianças e famílias.

Para esta edição continuam os famosos Tremor-Todo-Terreno, o público é levado para um lugar da ilha e embarca numa experiência imersiva criada pela artista – Natalie Sharp’s Earthly Delights – especificamente para o local, e o Tremor na Estufa, concertos com local e artista secretos  ambas estas atividades fortalecem um dos principais objetivos deste festival – criação de uma rota de actividades que, partindo da música, propõe a descoberta da natureza, das tradições e da comunidade local.

O Tremor continua, portanto, a investir nas suas principais premissas desde o seu início há cinco anos, a mostra de música dos quatro cantos do mundo sem esquecer nunca a comunidade que o abriga, sendo pelos espaços cedidos para os concertos, a sua participação em residências artísticas – Ondamarela + Escola de Música de Rabo de Peixe + ASISM (Sessão de Abertura), Pedro Lucas + WE SEA – ou os voluntários que ajudam a erguer o festival, tentando ao mesmo tempo incentivar a criação artística na ilha.

A organização pretende assim que o festival seja mais do que um festival, tornando-se numa experiência tanto para os visitantes como para os locais, conseguindo “fugir” das massas e procurando o equilíbrio perfeito entre o turismo e a comunidade, justificando a escolha de março/abril para o festival no centro do atlântico acontecer.

O alinhamento completo do festival pode ser encontrado aqui assim como a distribuição por dias. O festival apenas tem a modalidade de passe geral de cinco dias, que já se encontra esgotado.

 

Pedro Oliveira

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