E foi no passado dia 22 de Abril, que o Hard Club abriu as portas a três das mais belas vozes femininas do heavy metal. Ainda o sol raiava no horizonte, quando a entrada do Hard Club já se encontrava repleta de fãs expectantes. Ás 20h00, e nem mais um minuto, os almães XANDRIA abriram as hostilidades, com a melódica voz de Manuela Kraller a contagear os presentes. A banda que não tem actualmente nenhum baixista na formação, contou com a participação do Fabio D’Amore, dos Serenity no baixo. Com o último álbum de originais ainda bem fresco, a banda de Marco Heubaum, abre o concerto com “Valentine”, retirado do “Neverworld’s End”, álbum que protagonizou quase toda a actuação dos alemães, sendo também o primeiro álbum com Kraller como frontwoman. Houve ainda tempo entretanto, na meia hora de actuação, para regressar ao segundo álbum da banda, e ficar com “Ravenheart”. Philip Restermeier, surprendeu os presentes com o seu magnifico português brasileiro, onde agradeceu o apoio do público.

Por volta das 20h45, é a vez dos holandeses STREAM OF PASSION subiram ao palco. A actuação começou com “Lost”, faixa retirada do último lançamento da banda, “Darker Days”. Durante a actuação a banda passou por todo o seu reportório, desde “Embrace Storm”, com a orquestral “Passion” entre outras, passando pelo segundo álbum, “The Flame Within” e finalmente o de “Darker Days”. Esta foi talvez a banda da noite com um carácter mais técnico a nível musical, dado juntarem ao seu gothic metal um laivo de progressive metal. E foi em faixas como “Darker Days” ou “Haunted” que tivemos oportunidade de ver a mexicana Marcela Bovio, vocalista/violinista e um dos fundadores da banda, a cantar na sua língua materna.

 

Equanto que nos relógios da zona histórica do Porto suavam as 22h00, no antigo Mercado Ferreira Borges, os cabeça de cartaz EPICA entraram em cena. Sem dúvida a banda mais aguardada da noite, que contagiou o Hard Club de energia, ainda sendo uma banda de heavy metal sinfónico. Com “Karma”, faixa de introdução do álbum “Requiem For the Indifferent”, sobem ao palco Weesenbeek, Janssen, Delahaye, Huts, Jansen, e por fim Simone Simons. Segue-se “Monopoly on Truth”, também do mesmo álbum. Tocaram as mais aclamadas faixas do seu reportório, como “Sensorium”, “The obsessive devotion”, “The phantom agony”, entre outras. Algumas delas que também passaram pelo antigo Hard Club, no concerto de Novembro de 2005, que foi recordado pelo fundador Mark Jansen e Simone Simons. Quando o concerto estava perto de terminar, a banda sobe novamente ao palco, deixando o público em extâse para um encore com “Cry for the moon”, “Unleashed” e “Consign to Oblivion”.