Fantasporto 2012 – “Bride Of The Monster” e “Mosnter Of The Ghouls”

Ed Wood – Estados Unidos da América

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Bride of the Monster e Night of the Ghouls, sendo dois filmes do “mal” afamado Ed Wood, são, na realidade, filmes maus. Cenários e efeitos fracos, atores com prestação fraca, e vários erros de todo o tipo.. Mas, considerando que o objetivo de qualquer filme é “entreter”, o que interessa se o filme tem erros, se no final ficamos satisfeitos?

 

 Com isto em mente, ao ver Bride of the Monster deparamo-nos que não é tão “mau” quanto se espera. Em algumas cenas Wood consegue criar a atmosfera certa, Bela Lugosi é brilhante no papel de Dr. Eric Vornoff (um cientista semi-louco e expatriado que planeia criar uma raça de super-homens atómicos) e tem personagens muito divertidas pelo seu aspeto negativo, destacando-se Tor Johnson no papel de Lobo (o fiel lacaio do Dr. Vornoff).

 O mais ridículo do filme é o “monstro”, que nalgumas cenas é um polvo de borracha gigante que não se mexe e noutras aparecem filmagens de um polvo num aquário. Além destas, as cenas de luta não ficam atras e o final é “épico”.

Night of the Ghouls é, teoricamente, uma sequela do filme anterior, algumas das personagens são as mesmas e há várias referências aquele “cientista louco e os seus monstros”. Nessa casa, agora reconstruída, está um vidente burlão, Dr. Acula (Kenne Moore) que afirma ter poderes para ressuscitar os mortos.

Este filme tem uma historia mais interessante e com mais sentido do que o primeiro e Wood consegue alguns momentos arrepiantes: quando um manequim é examinado sorri e quando uma personagem acorda dentro de um caixão. Para além dos erros que se espera, neste filme destacam-se as cenas de efeitos a fazer de efeitos com trompetes voadoras, os clássicos fantasmas com pessoas debaixo de lençóis e o que parece ser um caçador africano a falar ao contrario. O som que acompanha estas cenas também merece destaque.

Ambos os filmes recomendam-se, qualquer pessoa com sentido de humor desfruta e diverte-se com a visualização destes filmes. Além disso, ambos têm subjacentes mensagens “construtivas” como o uso de bombas atómicas e a delinquência juvenil, respetivamente no primeiro e segundo filme.

Inês Ferreira