Busílis #38 – Palavras Ditas: Um cachimbo cantando a Marselhesa

Alexandre Manuel Vahia de Castro O’Neill de Bulhões  nasce em  Lisboa a 19 de dezembro de 1924.

Autodidacta, O’Neill foi um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa. É nesta corrente que publica a sua primeira obra, o volume de colagens A Ampola Miraculosa, mas o grupo rapidamente se desdobra e acaba. As influências surrealistas permanecem visíveis nas obras dele, que além dos livros de poesia incluem prosa, discos de poesia, traduções e antologias. Não conseguindo viver apenas da sua arte, o autor alargou a sua acção à publicidade, actividade que se tornaria definitivamente o seu ganha-pão. Ficaram famosos no meio alguns slogans publicitários da sua autoria, incluindo o famoso: “Há mar e mar, há ir e voltar” que se imortalizou em provérbio.

A sua atracção por outros meios de comunicação, que não a palavra escrita, é testemunhada pela letra do fado “Gaivota” destinada à voz de Amália Rodrigues, com música de Alain Oulman, tal como a colaboração, nos anos 1970, em programas televisivos, em guiões de filmes e em peças de teatro. Em 1982 recebeu o prémio da Associação de Críticos Literários.

Alexandre O’Neill morreu em Lisboa a 21 de Agosto de 1986.

A 10 de Junho de 1990, a título póstumo, foi feito Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.

A Biblioteca Alexandre O’Neill, em Constância, alberga, por doação do próprio escritor, parte do seu espólio. Ali, pode-se ler os livros que pertenceram a O’Neill, muitos deles com anotações suas ou dedicatórias dos autores

Fonte: Wikipédia

Publicado a

Comentários fechados em Busílis #38 – Palavras Ditas: Um cachimbo cantando a Marselhesa