Puce Mary nos Maus Hábitos

Tal como o foi antecipado, Frederikke Hoffmeier exibiu-se a 19 de Março, nos Maus Hábitos no Porto para apresentar o mais recente disco do ano passado chamado The Drought. A dinamarquesa deu um concerto curto – 35 minutos – mas não pequeno de emoção provocado essencialmente pelo noise, pela experiência quase que sensorial e viajante.

Profundo e cinemático, belo e terrorífico. É esta, no fundo, a estética da artista que exige ao ouvinte estar atento e sensível ao facto de que a música não serve somente de gatilho ao dançável, ao ritmado, ao alegre, ao provocador de bom espírito e bem estar. Serve também para ser percebida, desconstruída, analisada e entendida pela raiz. A música, de forma comum, não é considerada pela origem que é a soma do som com o silêncio e, Puce Mary, elevando esta premissa,  arranca das profundezas o desconforto interessante, a lógica bela.

 

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Mário Rocha

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