Especial Orelha Negra

No passado dia 30 de Janeiro, uma multidão esgotou a sala 1 do edifício mítico de espectáculos do Porto, Hard Club. Viu-se todo o tipo de estilos, das baggie jeans à camisa, dos vestidos às leggins, algumas caras famosas do mundo da música, jovens e adultos, a variedade era tanta numa fila com curvas e contracurvas que mais parecia o ecrã do 3310 no nível mais avançado do Snake. Tudo à espera do que prometia vir a ser uma noite grandiosa.
Entrando na sala, o que saltava à vista eram os “tronos” à espera de cada um dos 5 elementos, os pratos do Cruzfader, a MPC do Sam, o bass do Xico, as teclas do Gomes, e a bateria do Fred. Uma confusão de fios onde, tudo interligado, em conjunto, prometia deixar cada pessoa que comprou o bilhete espreitar por baixo do véu de um dos álbuns mais esperados deste ano. A ânsia de quem lá estava por descobrir o que os Orelha andavam a cozinhar não se via em encontrões ou empurrões mas espelhava-se nos olhares
fixos de cada pessoa à medida que a sala enchia e cada membro ocupava o seu lugar reservado em cima do palco.
Acreditem, nem era preciso ouvir o concerto inteiro, logo na primeira música conseguimos perceber que este novo álbum promete(e muito!).
Do soul ao hip hop, os Orelha Negra sempre nos habituaram a essa confusão sonora agradável aos ouvidos. É quase como uma utopia de quarto de adolescente onde mãe e filho arranjam um meio termo de organização.

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