Anime Review – Mobile Suit Gundam: Iron-Blooded Orphans; Episódio 2

 

Mobile_Suit_Gundam_IRON-BLOODED_ORPHANS_Poster

Esta série tem como realizador Tatsuyuki Nagai (Toradora!; AnoHana) e guionista Mari Okada (Fate/Stay Night; Black Butler II), é produzida pela companhia Sunrise Inc., teve data de estreia a 11 de Outubro de 2015 e tem um total de 25 episódios planeados.

Sinópse

Em seguimento do episódio anterior, Orga Itsuka, Mikazuki Angus e os seus camaradas conseguem defender a sua base e escolta com sucesso, com a ajuda do reequipado Gundam Barbatos (com a curiosa adição de um híbrido entre uma maça-de-armas e uma alabarda) e à custa de uma distracção fornecida pelo corpo principal militar da base, que tentou escapar despercebido da base à custa das vidas dos jovens soldados. Além de destruírem cerca de metade das forças de Gjallarhorn, também incapacitaram um fato móvel e destruíram outro, juntamente com o seu piloto, o comandante da operação.

Como tal, os oficiais superiores da base retornam e procedem a reprimendar e castigar Orga severamente pelas suas acções. Como tal, Orga começa a planear uma amotinação de forma a preservar as vidas dos seus amigos, além de se prepararem para um novo ataque. Em paralelo, Bernstein tenta conciliar a sua crença e determinação com a realidade violenta que acabou de ser testemunha, além de perceber que o pai deve lhe ter conduzido a esta situação de forma a ser assassinada. Ela sente-se culpada e responsável pelo que aconteceu, pelo que Mikazuki aparece e destrói essa ideia, dizendo-lhe que, ao ela acreditar nisso, esta a diminuir a importância e impacto das capacidades e acções da sua unidade.

Do lado de Gjallarhorn, o piloto veterano Clark Zent tem uma crise de consciência com o choque da revelação que as fatalidades adversárias têm sido menores, uma informação considerada irrelevante para o seu oficial superior, o Comandante Conrad, que está a tentar resolver o assassinato o mais depressa possível devido à chegada de dois oficiais inspectores à sua custódia, McGillis Fareed e Gaelio Bauduin . Zent recusa-se a permitir que os seus homens tenham que viver com o pecado e vergonha de matar crianças, pelo que ele decide mobilizar sozinho de fora a completar a sua decisão, apesar das objecções de Ein Dalton, um jovem oficial que sobreviveu a primeira batalha com o Gundam.

Observações

            Com este episódio, a Sunrise continua a provar que em termos de animação, existem poucas companhias de produção que a conseguem equiparar. Em seguimento do combate do episódio anterior, a resultante batalha de 2v1 entre os Grazes e o Gundam foi algo de admirar, especialmente quando se tem em conta que foi feita mais à base de animação em 2D em vez de pesado em CGI, em contraste com o OVA de Akito the Exile, mais uma produção ‘‘tentpole’’ da Sunrise. Do lado das personagens, é um gosto ver o desenvolvimento das personagens principais referidas anteriormente. Algo que não referi no episódio anterior, foi a personagem de Biscuit, a mão logística de Orga. Ele também provou ser uma personagem inteligente e importante na história, apesar de, à primeira vista, ter parecido mais uma personagem que iria ser utilizada para efeito de comédia. Também de notar é personagem de Atra Mixta e as irmãs Griffon (irmãs de Biscuit), que parecerá servir de uma âncora de inocência e pureza nesta história de um teor mais cínico e lúgrebe, além de fornecer mais humanidade às personagens das crianças soldado.

            Como última nota, gostei imenso a maneiro como a série abordou o facto de que os nossos protagonistas são essencialmente menores numa situação de guerra. Apesar de isto ser algo um bocado ridículo que o médium de anime tem uma propensão para por menores em situações e postos ridiculamente desapropriados de forma a apelar a um público mais jovem, este episódio estabeleceu firmemente que a situação que resultou de Marte ter uma abundância de órfãos e crianças soldados é claramente negativo e algo que a jovem Bernstein está a tentar extinguir com os seus esforços políticos (um objectivo nobre que adiciona à personagem e lhe dá um propósito relacionável e justificável). Até mesmo o veterano Zent, um homem habituado aos horrores de guerra, expõe a sua revulsão em ter que matar menores, algo que, além de exemplificar a dissonância sócio-económica entre a Terra e Marte, adiciona humanidade à força antagonista e reforça a natureza negativa na qual os nossos protagonistas se encontram. É bom saber que Iron-Blooded Orphan parece estar a seguir o exemplo estabelecido pelas séries fundadoras da U.C. Timeline, e estou interessado e investido no que é que o futuro reserva para esta história.

 

Veredicto

5/5

Crítica escrita por Tiago Garcia

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