Justice League: Gods & Monsters Chronicles; Análise e Crítica

De forma a promover o novo projecto multimédia DC Justice League: Gods & Monsters, o canal Youtube Machinima publicou uma micro-série prequela de nome Chronicles, na qual vemos uma introdução à Trindade DC deste universo que, embora partilhem os mesmos nomes, não sejam necessariamente os mesmos heróis que estamos habituados a ver nos filmes.

Primeiro temos a amostra do Batman no episódio ”Twisted”. Desta vez o manto de Batman é ocupada por Kirk Langstrom, conhecido por ser o primeiro vilão no primeiro episódio da série animada de Batman, o Man-Bat. Em vez de ser uma versão lobisomem de um morcego, o Man-Bat Serum tornou Kirk num vampiro e, como tal, torna-se num anti-herói que bebe o sangue dos seus adversários, o que acontece com a Harley Quinn deste universo. Uma versão mais intensa, macabra e negra do dia-a-dia de Batman, o responsável por este projecto, Bruce Timm, tentou tornar a ideia do Batman Vampiro realidade à anos sem sucesso até agora. Uma exploração interessante desta premissa utilizando o lore de Batman de forma inteligente de forma a tornar isso realidade, em vez de fazer com que Bruce Wayne fosse um vampiro e correr com isso.

A seguir temos ”Bomb”, na qual temos o paralelo deste universo do confronto clássico entre Superman e Brainiac. Desta vez, Superman é, na realidade, o filho de General Zod, um dos mais bem conhecidos dos vilões de Kal-El, que se preocupa mais em assegurar os seus objectivos do que necessariamente salvar toda a gente que lhe aparece à frente. Embora seja das trocas mais óbvias de forma a conotar a natureza mais sinistra deste universo, esta história é talvez a melhor das três, devido ao confronto final entre Superman e Brainiac que, em apenas 5 minutos, incita mais emoção que décadas de histórias em heróis e arqui-inimigos clássicos. Também de notar que Amanda Waller (mais conhecida por ser a funcionária de estado responsável pela Suicide Squad) é a presidente dos E.U.A e o Doctor Sivana (mais conhecido por ser um dos vilões mais proeminentes de Shazam/Captain Marvel) é o criador de Brainiac.

Por fim temos ”Big”, que serve de introdução para a Mulher Maravilha deste universo. Em vez de termos um substituo mais óbvio como por exemplo Dona Troy ou então talvez uma vilã como Cheetah ou Circe, o título de Wonder Woman deste universo é ocupada por Bekka, uma personagem mais conhecido por ser a noiva de Orion dos New Gods de Jack Kirby. É bom saber que Bruce Timm está a considerar todas as opções dentro do elenco feminino DC, preferindo dar a oportunidade a uma personagem cuja única característica tem sido a sua relação marital com super-herói mais proeminente, dando grande liberdade artística para criar algo de novo e original na sua narrativa. Esta história é algo de mais clássico em termos de super-heróis, focando em mostrar que Bekka é uma heroína um bocado mais implacável e energética do que estamos habituados na sua luta contra uma versão robótica da super-vilã Giganta e a natureza da sua relação com Steve Trevor.

Este novo universo DC, além de inspirar confiança com o talento por detrás do projecto, é o culminar dos esforços WB de forma a apelar à demografia mais avançada dos fãs dos projectos multimédia DC, com uma tonalidade mais negra, adulta e inventiva. Com algum cuidado e marketing correcto, este poderá ser o próximo grande sucesso animado da WB.

O filme Justice League: Gods & Monsters irá estar disponível a 28 de Julho em plataformas digitais, com uma segunda série da Machinima que irá ser publicada em 2016 com 10 episódios e um tie-in de Banda Desenhada Digital a servir também de prequela com quatro fascículos, e que irá ser publicada por volta da mesma data de estreia do filme.

 

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