Review – Star Wars Rebels: Spark of Rebellion + Shorts (2014)

O Concílio de Moffs

 

O Julgamento de:

Star Wars Rebels: Spark of Rebellion + Shorts (2014)

Star Wars Rebels: Spark of Rebellion

Star Wars Rebels: Spark of Rebellion

 

Os shorts introdutórios são realizados por Dave Feloni (Eps. 1 & 4) e Justin Ridge (Eps. 2 & 3), escritos por Greg Wiseman (Eps. 1 & 2), Henry Gilroy & Simon Kinberg (Ep. 3) e Simon Kinberg (Ep. 4). Spark of Rebellion é realizado por Steward Lee e Steven G. Lee e escrito por Simon Kinberg.

 

O primeiro intitula-se ‘‘The Machine in the Ghost’’ e ocorre durante uma batalha espacial entre a nave dos protagonistas, a ‘‘Ghost’’, e uma equipa de caças TIE, na qual o seu androide astromech, Chopper, tem encontra-se no meio de uma discussão entre dois tripulantes, a pilota Twi’Lek Hera Syndulla e o líder da equipa Kanan Jarrus, enquanto está a tentar consertar os sistemas que estão a ser danificados.

 

O segundo, de nome ‘‘Art Attack’’, segue a missão de uma mandaloriana, a Sabine Wren, a infiltrar e destruir um hangar de TIEs de forma a dar uma distração para a realização de uma missão pela tripulação da ‘‘Ghost’’, na qual procede em fazer graffiti nos caças estacionados e gozar com os guardas que não lhe conseguem acertar com as armas.

 

De seguida temos ‘‘Entanglement’’, na qual vimos mais um tripulante da Ghost, um Lasat de nome Garazeb ‘‘Zeb’’ Orrelios, a tentar chegar, sem sucesso, a um ponto de encontro com o seu líder Cannan. No caminho observa as tropas imperiais a cometer uma injustiça contra um habitante da cidade e decide incapacita-los de forma a resolver o assunto, o qeu resulta numa perseguição pelas ruas.

 

Por último, temos ‘‘Property of Ezra Bridger’’, na qual vemos o jovem titular numa caminha quando vê a nave ‘‘Ghost’’ em combate com um caça TIE e este último faz uma aterragem brusca. Ezra despacha-se a chegar ao local do sucedido e oferece ajuda o piloto, mas à medida que decorrer a história, vimos que não é altruísmo que o levou Ezra ao local da aterragem.

 

A série ‘‘Star Wars: Rebels’’, cuja acção decorre, cronologicamente, 5 anos antes de ‘‘A New Hope’’ estreou devidamente com um especial intitulado Spark of Rebellion, na qual temos o jovem órfão Ezra Brigder como protagonista. Primeiro temos um prólogo na qual vemos Darth Vader a dar uma missão a um dos seus agentes, um Inquisidor Sith, de forma a contrariar as ameaças futuras ao império pelos praticados da Força. O episódio especial inicia com a chegada de um reforço ao contingente Imperial do planeta Lothal e vemos o Bucha e Estica (versão malvada) da série a mandar vir com um mercador local e a serem maus da forma mais generalizada possível. Ezra interfere e consegue distraí-los para outro lugar, na qual observa que a tripulação da nave ‘‘Ghost’’, os titulares rebeldes da série, estão a realizar um ataque a um abastecimento imperial.

O ataque tem sucesso, mas Ezra interfere e diverte parte do saque para seu uso pessoal. Kanan e companhia dão conta do sucedido e perseguem Ezra, à medida que percebemos que Ezra é sensível à Força e Kanan percebe isso. A perseguição termina com uma equipa de caças TIE a impedir a progressão da perseguição, mas Hera traz a ‘‘Ghost’’ para a posição de Ezra e ele chega a bordo com a parte do saque que ele apropriou. Como seria de esperar, a tripulação não está nos melhores dos humores com o sucedido e segue-se o ‘‘witty dialogue’’ entre as personagens. Depois desta acção toda, a ‘‘Ghost’’ é capaz de entrar em Hyperspace e fugir da hospitalidade Imperial de forma a completar a sua missão, entretanto as forças Imperiais estão a limpar o desastre que ocorreu posteriormente e é nesta altura que somos introduzidos ao agente Kallus, um dos principais antagonistas da série e um militar especializado em anti-terrorismo.

Depois de despistar os seus perseguidores, a tripulação da ‘‘Ghost’’ retorna a Lothal e divide em dois grupos: Ezra, Sabine e Zeb vão para um bairro de lata (apropriadamente batizada de Tarkin Town em honra do nosso Moff preferido) entregar alívio humanitário, enquanto que Kanan e Hera vão-se encontrar com um criminoso, um Devaroniano de nome Vizago, de forma a negociar a venda do material roubado do Império: um abastecimento de armas.

Face à demonstração humanitária de Sabine e Zeb, Ezra retira-se para a ‘‘Ghost’’ para meditar o que viu, quando sente a chamada da Força, que o guia para um holocron jedi (que ele embolsa) e o sabre de luz de Kanan, confirmando o estatudo de Jedi deste. Kanan, um bocado chateado de ver alguém a remexer nas sua coisas privadas (algo de relacionável), expulsa Ezra do quarto (embora ele faça referência de um teste a Hera) e ele fica retido na ‘’mess hall’’ sob a vigilância de Chopper enquanto a tripulação discute a próxima missão. Aparentemente ficaram a saber de Vizago de um transporte com prisioneiros Wookie destinados à escravatura e decidem organizar um plano para liberta-los, concomitantemente com o coscuvilhar de Ezra que se esgueirou pelos ductos de ventilação.

A ‘‘Ghost’’ intercepta o transporte e com alguma mentira e intimidação, aportam com este último e procedem primeiro a uma infiltração. Mas como Zeb não fez um Wookie convincente (uma referência inteligente ao facto que o design de Zeb era o design original de Chewbacca para os filmes antes da sua alteração para a sua aparência moderna), procederam ao plano B que envolve uma estratégia mais directa.

A coisa, infelizmente, dá para o torto e uma missão de salvamento revela-se como uma armadilha feita por Kallus de forma a capturar a tripulação da Ghost.

É bom saber que algo como uma série animada ocupa uma importância tão prestigiada dentro do Canon Star Wars, visto que a série Clone Wars foi dos poucos artigos da Expanded Universe (EU) a serem aceites como Canon oficial. A série Rebels continua essa tradição e pega em todos os sucessos e lições de Clone Wars e dá a sua continuação nesta nova história. Conseguimos ver só disto qual a dinâmica e função de cada uma das personagens dentro do grupo e os vilões apresentados todos têm uma aparência distinta e memorável.

Ao passo que Clone Wars era mais militarista, Rebels é mais aventureiro e tem uma vibe mais de western do que de bélico, mais uma referência à Trilogia Original, e baseia a sua estética intimamente na arte de Ralph McQuarrie cujo talento criou a fundação do estilo visual de Star Wars. Essa preferência estética, ‘‘nods’’ para os fãs como o design de Zeb, a sensação de aventura e a luta contra o opressor são especialmente feitos para apelar ao gosto pela Trilogia Original. Tudo isto termina com um excelente discurso de palavras iluminadoras do mestre Kenobi e de repente sentimo-nos de volta ao mundo de Luke, Han e Leia. Basta fechar os olhos e quase conseguimos ver o Pôr-do-sol Binário de ‘‘A New Hope’’. A única outra observação que consigo fazer é que o estilo de animação é um bocado diferente do que foi visto em Clone Wars mas isso é uma questão de habituação.

Muito sinceramente, não há qualquer impedimento para um fã, tanto novo como velho, aproveitar ao máximo esta série, pois apesar de se achar que o facto de ser animado significar que é suposto para ser só para crianças, a verdade é que é escrito para apelar para todas as idades, algo que o Star Wars sempre fez e ao qual deve a sua grande popularidade.

Este debut parece prometer mais uma espetacular aventura numa galáxia longínqua e mal posso esperar para ver mais.

 

Édito do Concílio:

Julgamos Star Wars Rebels: Spark of Rebellion e ‘‘Shorts’’ acompanhantes dignos de receber

 

A Vontade do Imperador

(Excelente)

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Review de Tiago Garcia

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