Testament, Rotting Christ e Web no Vagos Open Air

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O Vagos Open Air lançou mais três nomes de peso ao cartaz da sua V Edição. Os norte-americanos Testament, os gregos Rotting Christ e os portugueses Web juntam-se assim aos já anunciados Saxon, Lacuna Coil, Iced Earth, Moonsorrow, Tarantula e Secret Lie, engrossando o rol de artistas que vão atuar nos dias 9 e 10 de Agosto.

Uma banda lendária por direito próprio, porta-estandarte do thrash e detentora de uma das carreiras mais sólidas e consensuais de que há memória nos últimos trinta anos, outra que está entre as mais influentes saídas do profícuo movimento black metal da década de 90 e, por último, uma das forças mais resistentes do underground nacional. Em suma, mais três nomes que prometem fazer com que o evento, por esta altura ponto de paragem obrigatória tanto para quem gosta de bom metal como para os pesos pesados que fazem o circuito dos festivais de Verão, eleve ainda mais a temperatura de Agosto na Quinta do Ega, em Vagos.

Contemporâneos dos Metallica, Slayer e Exodus, pioneiros do fenómeno thrash na Bay Area, os lendários Testament  juntaram-se nos idos de 80 e, atualmente, são uma das poucas lendas vivas do movimento que conservam capacidade de invocar da mesma forma as fortes emoções que os tornaram famosos graças a clássicos como «The Legacy», «The New Order» ou «Practice What You Preach».

Durante duas décadas de existência, os Rotting Christ afirmaram-se como uma das propostas mais versáteis e bem sucedidas saídas do boom underground dos anos 90. Quando começaram a fazer música, a banda liderada pelo enigmático Sakis Tolis tocava black metal inspirado pelos pioneiros do género, numa abordagem suficientemente crua para captar a atenção do malogrado Euronymous. Quis o destino que o guitarrista dos Mayhem não tivesse vivido para editar o disco de estreia dos gregos, mas títulos como «Thy Mighty Contract» ou «Non Serviam» cimentaram-lhes a reputação como uma banda única dentro da tendência.

Os portuenses Web nasceram em Outubro de 1986, como um projeto idealizado por alguns roadies dos conterrâneos Tarantula. Surgidos da necessidade de criar um veículo artístico para exteriorizarem a sua paixão pelo heavy metal numa altura em que o interesse pelo género era ainda uma miragem a nível nacional, os músicos muito tiveram de batalhar por um lugar ao sol e, confrontado com uma série de problemas, Victor Matos, tudo fez para ir renovando o espírito da banda, que só conseguiu reunir uma formação mais estável já em pleno Séc. XXI. Pelo caminho ficaram duas maquetas registadas nos anos 90, diversas participações em compilações e discos de homenagem e inúmeros concertos de norte a sul do país, que lhes permitiram estabelecer uma reputação e um nome em palcos de salas míticas como o Rock Rendez Vous, o Palha d’Aço ou o Hard Club. No entanto, o já tardio reconhecimento surge apenas com a edição do álbum de estreia, «World Wild Web», em 2005 e do seu sucessor, «Deviance», em 2011. Um quarto de século depois da sua formação, os indomáveis thrashers da Invicta são, sem dúvida, um dos casos mais gritantes de perseverança do underground luso.

Os bilhetes custam 32,00 euros (diário) e 52,00 euros (passe dois dias) à venda nos locais habituais. A primeira edição especial de 500 passes, que inclui oferta de t-shirt oficial do festival, já está à venda.