Clubbing Março, 20.03.2010, Casa da Música

Blasted Mechanism
Foram uns Blasted Mechanism ainda a promover o seu último álbum, aqueles que se viram na sala 2 da Casa da Música este sábado passado. “Mind at Large” já saiu há quase 1 ano, mas parece ainda haver algo para descobrir no último trabalho dos Blasted. É preciso dizer que visualmente eles nunca estiveram tão bem. O aspecto cénico era já fundamental na identidade dos Blasted, ou talvez antes uma consequência do mundo criado pela sua música, mas a versão “Mind at Large” dos Blasted impressiona aos olhos. Desde os fatos aos instrumentos, todo o cenário parece literalmente saído de outro planeta, e começamo-nos a interrogar se eles realmente serão deste mundo. O concerto termina com uma versão mais despida de “The Atom Bride Theme”, com um público muito fiel a pedir mais uma meia dúzia de temas.

Sofa Surfers live

A sala, que já estava muito bem composta no concerto de Blasted, enche para ver Sofa Surfers. Mais curiosidade do que dedicação à banda austríaca, pois a sala 2 abriu ao público geral do Clubbing para este espectáculo. Com o pessoal na plateia com alguma dificuldade em respirar, os Sofa Surfers iniciam a sua viagem pelo Trip-Hop e pelo Rock, com grande parte do concerto dedicado a “Blindside”, álbum a ser lançado no dia 26 de março. Os presentes no Clubbing tiveram uma oportunidade única de poder ter o álbum antes de ele sair, tendo a oportunidade de o adquirir junto ao bengaleiro da Casa da Música, sem que para isso o tivessem de descarregar da internet. O público dispersou pelos outros espaços do Clubbing, à medida que o concerto rolava, mas nem por isso os Sofa Surfers abrandaram o ritmo. Atrás do palco, uma tela passava as letras das músicas, bem como mais alguns cenários. Deixaram claramente mais alguns fãs em Portugal, e não irá passar muito tempo até que eles regressem a terras lusitanas.

Nos bares 1 e 2 do Clubbing, o ambiente era o habitual. Este é já um evento entranhado na cultura do Porto, e não falta gente que deambula de um lado para o outro à espreita do que se passa nos outros espaços do Clubbing. Da minha parte tive pena de não ter visto a apresentação de Álvaro Costa “MARÇO 1973, o suicídio rock do artista Ziggy Stardust”, na sala roxa. Bem, não se pode ver tudo, não é?


Reportagem por Ricardo Machado